Esta exposição reúne parte da ampla e inédita pesquisa desenvolvida por Franklin Martins a cerca da produção musical brasileira com temas inspirados em episódios políticos ou em personagens a eles ligados. O estudo realizado pelo autor desdobrou-se em três projetos: a mostra, A Música Canta a República, que reúne fotos, vídeos, áudios e textos; a publicação Quem foi que inventou o Brasil - a música popular conta a história da República, a ser lançada em três volumes, a partir de junho pela Editora Nova Fronteira; e em um site, no qual o interessado poderá acessar as canções. Em todos os formatos, o autor, ao registrar as músicas, evoca o cenário de cada época. "Nesta obra tão original, a história não apenas se revela, mas se faz ouvir no mais genuíno sentido da palavra", escreve José Ramos Tinhorão.
Para a exposição - que após ser exibida no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo seguirá para o Rio e Brasília, nos espaços culturais dos Correios, em agosto e novembro respectivamente - foram selecionados 80 temas e cerca de 110 canções das mais de mil identificadas por Martins. O conjunto reunido, com curadoria de Vladimir Sacchetta e cenografia concebida por Marcello Dantas, traça um percurso do período estudado pelo autor, de 1902, ano de lançamento dos primeiros discos fonográficos, até os dias atuais.
O projeto de Martins traz a nossa República cantada nos mais variados gêneros, cançonetas e maxixes, marchinhas, sambas, caipira, MPB, Rock e Rap. Estas canções registram fatos dos mais variados, os quais, na exposição, inserem-se nos temas República Velha e Revolução de 30; Vargas no Poder; Democracia de Massas; Anos Dourados?; Ditadura e Resistência; Vai acabar a ditadura militar; Que país é esse; e Eu só quero ser feliz.