13 abril 2017 a 25 de fevereiro 2019
Desde 2014, o Instituto Tomie Ohtake dedica esta sala a mostras sobre a artista que lhe empresta seu nome. A intenção é ter sempre aberta uma oportunidade para que novos públicos entrem em contato com a obra da artista e, ao mesmo tempo, oferecer àqueles que já a conhecem novas abordagens sobre sua história e seu trabalho.
Cada exposição de longa duração que ocupa esta sala aborda um aspecto diferente da produção de Tomie Ohtake – e assuntos não faltam. Ao longo de suas mais de 6 décadas de trabalho, Tomie garantiu que seu trabalho constantemente surpreendesse os espectadores, seus colegas, os críticos e a ela mesma. Comprometida com a experimentação da cor, do gesto e dos materiais, estudou amplamente as formas e percorreu inúmeros processos criativos, sem se deixar cimentar.
Nas exposições anteriores, esta sala já enfatizou a ousadia cromática de uma série de litogravuras, exibiu projetos e esboços de suas pinturas, contou sobre a realização e repercussão de importantes obras públicas que pontuam a cidade de São Paulo e buscou modos de refletir textualmente o caráter circular de muitas de suas pinturas. Agora, impôs-se a vontade de falar sobre o local de elaboração de ideias e execução de boa parte de seus trabalhos: a casa-ateliê de Tomie Ohtake.
Hoje tombada como patrimônio pelo Conpresp – órgão municipal de preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental –, a casa no Campo Belo, na zona sul de São Paulo, foi habitada por Tomie Ohtake desde 1970, quando se concluiu a primeira fase da construção, até a morte da artista, em 2015. Casa aberta é um ensaio sobre o valor dessa residência que é simultaneamente moradia acolhedora, ambiente criativo e lugar profícuo de encontro. Apresentam-se fotografias históricas e atuais, gravuras e pinturas que integram o acervo da artista, croquis da casa feitos por Ruy Ohtake e a gravação inédita de uma visita à casa na companhia do arquiteto. Fique à vontade, sinta-se em casa.