O Instituto Tomie Ohtake criou em 2013 o programa Arte Atual, uma plataforma para pesquisas de jovens artistas, de caráter experimental, na qual, por meio de uma questão sugerida pelo seu Núcleo de Pesquisa e Curadoria, um grupo de artistas convidado desenvolve um novo trabalho.
Nesta quinta edição do programa, em É como dançar sobre a arquitetura, foram convidados Lia Chaia (Galeria Vermelho), João Castilho (Galeria Zipper) e Jorge Soledar (Portas Vilaseca Galeria), artistas cujas obras selecionadas exploram a relação entre corpo e espaço, tanto em seu aspecto mais intimista quanto em perspectiva com a cidade. São performances, fotos e vídeos que explicitam e problematizam essa relação por intermédio de sua dimensão mais coreografada, ensaiada e também do embate e encaixe entre corpos.
O título da exposição É como dançar sobre a arquitetura provém de uma citação cuja autoria original é desconhecida, já atribuída a inúmeros autores como Laurie Anderson, Martin Mull, Elvis Costello, Frank Zappa: “Escrever sobre música é como dançar sobre arquitetura”. Numa analogia acerca das possibilidades de simbiose e relações intercambiantes entre diferentes campos.
O Arte Atual conta com a parceria de galerias para a produção das obras, desenvolvidas por meio de diálogos entre a equipe curatorial do Instituto Tomie Ohtake e os artistas convidados. O percurso se inicia nos ateliês e é finalizado na instituição, com a montagem da exposição e elaboração de atividades paralelas.
Lia Chaia (São Paulo, SP, 1978. Vive e trabalha em São Paulo, SP) investiga os embates do corpo, em geral o seu próprio, com a cidade, a partir de uma produção que transita pela performance, fotografia, vídeo e instalação. Já João Castilho (1978, Belo Horizonte. Vive e trabalha em Belo Horizonte, MG) aproxima-se do cinema e explora em sua obra as dimensões cíclicas de narrativas que possuem um início, porém sem conclusão definida (suportes: fotografia, vídeo, escultura e instalação). Por sua vez, Jorge Soledar (Porto Alegre, 1979. Vive e trabalha no Rio de Janeiro, RJ), por meio de performance, instalação e fotografia, aborda a mobilidade e a imobilidade física do sujeito frente a arte e as convenções sociais.