A Música Canta a República


De 13 agosto a 20 setembro 2015 


O Centro Cultural Correios Rio e o Instituto Tomie Ohtake inauguram a mostra A Música Canta a República. Esta exposição reúne parte da ampla e inédita pesquisa desenvolvida por Franklin Martins a cerca da produção musical brasileira com temas inspirados em episódios políticos ou em personagens a eles ligados. O estudo realizado pelo autor desdobrou-se em três projetos: a mostra, A Música Canta a República, que reúne fotos, vídeos, áudios e textos; a publicação Quem foi que inventou o Brasil - a música popular conta a história da República, lançado em três volumes pela Editora Nova Fronteira já disponíveis nas livrarias; e em um site, no qual o interessado pode acessar as canções. Em todos os formatos, o autor, ao registrar as músicas, evoca o cenário de cada época. "Nesta obra tão original, a história não apenas se revela, mas se faz ouvir no mais genuíno sentido da palavra", escreve José Ramos Tinhorão.

O projeto de Martins traz a nossa República cantada nos mais variados gêneros, cançonetas e maxixes, marchinhas, sambas, caipira, MPB, Rock e Rap. Estas canções registram fatos dos mais variados, os quais, na exposição, inserem-se nos temas República Velha e Revolução de 30; Vargas no Poder; Democracia de Massas; Anos Dourados?; Ditadura e Resistência;  Vai acabar a ditadura militar; Que país é esse; e Eu só quero ser feliz.

 

Sobre as Canções

As saborosas músicas e suas histórias são traçadas a partir de atos a favor da República, como registra a canção "As laranjas da Sabina", parte da primeira fornada gravada no País, em 1902. Uma referência a um protesto contra a Monarquia de 1889, foi composta em 1890, pouco após a proclamação da República. A canção lembra uma brincadeira de estudantes que virou manifestação republicana, em1889, no Rio de Janeiro, meses antes do fim da Monarquia. Um subdelegado de polícia proibiu a mulata Sabina de vender frutas em frente à Escola de Medicina. Inconformados, os jovens fizeram uma bem-humorada passeata pelo centro da cidade, que terminou com vivas à República, sob os aplausos dos populares. A polícia teve de recuar da proibição e Sabina voltou a vender frutas. E, sem querer, converteu-se em bandeira republicana.

 


PATROCÍNIO

REALIZAÇÃO