De 02 abril a 10 maio 2015
O Instituto Tomie Ohtake retoma o seu programa Arte Atual, após ter realizado duas edições entre 2013 e 2014 - Estranhamente Familiar, Medos Modernos. Elaborado pelo seu Núcleo de Pesquisa e Curadoria (NPC), o programa foi concebido para promover exposições coletivas de artistas emergentes, em que projetos experimentais possam ser concretizados e apresentados ao público, contando, para isso, com o apoio ativo de galerias de arte presentes no país.
Para a edição deste ano, E se quebrarem as lentes empoeiradas?, o Instituto Tomie Ohtake apresenta trabalhos de Eduardo Berliner, Marcone Moreira e Thiago Rocha Pitta, em parceria com as galerias Casa Triângulo, Blau Projects e Millan. Com curadoria do NPC, a exposição busca subversões dos nossos saberes recorrentes, que são baseados num entendimento racional e científico. Para a curadoria, "quebrar as lentes" significa, a grosso modo, duvidar desses entendimentos por meio de gestos que coloquem à prova nossas supostas certezas.
"Diante das certezas, dispositivos técnicos e sistemas lógicos que pautam nossa apreensão do mundo, a exposição reúne artistas que propõem alternativas às formas de saber estabelecidas ao abrirem-se a elementos como: a sabedoria popular, a transmissão oral, a consciência voltada a aspectos cósmicos e da natureza, a práxis direcionada pela intuição e pelo acaso.”, informa o texto curatorial.
A exposição E se quebrarem as lentes empoeiradas? reúne três artistas que buscam desconstruir as convicções científicas “quebrando” suas próprias lentes. “Eduardo Berliner atribui às imagens, aos suportes e à fatura artística escolhas e resistências, por insistência intuitiva e resiliente, deixando-lhes direcionar tanto o discurso quanto à forma dos trabalhos. Marcone Moreira, por procedimentos de apropriação e observação etnográfica, compara modelos de circulação de produtos e pessoas, assim como de ocupação do território. Thiago Rocha Pitta, por aderência e sinergia com o tectônico e mutável da natureza, reestabelece seu protagonismo e devir próprio da paisagem, normalmente tida como meio indiferente e passivo”, aponta o texto curatorial.
thiago rocha pitta
eduardo berliner
marcone moreira