De 18 junho a 11 agosto 2013
A partir de 2011 o BESphoto, até então circunscrito a artistas residentes em Portugal, ampliou a participação para fotógrafos brasileiros e os de países africanos de língua oficial portuguesa. Em 2013 o prêmio chega a sua 9° edição com destaque para o Brasil. Uma parceria entre o Banco Espírito Santo, Museu Coleção Berardo e o Instituto Tomie Ohtake possibilitou que a exposição com trabalhos dos selecionados chegasse a São Paulo, depois de passar pelo Museu Coleção Berardo em Lisboa, justamente no ano em que o grande vencedor do prêmio é também um brasileiro, Pedro Motta.
O júri foi composto por Bisi Silva, Diretora do Centro de Arte Contemporânea de Lagos, Delfim Sardo, curador independente de Lisboa e Agnaldo Farias, curador do Instituto Tomie Ohtake. O grupo escolheu quatro finalistas: Albano da Silva Pereira (Coimbra, Portugal), Filipe Branquinho (Maputo, Moçambique), Pedro Motta (Belo Horizonte) e Sofia Borges (São Paulo). Para decidir o vencedor, o BESPhoto constituiu um outro corpo de jurados, o escritor inglês Geoff Dyer, o professor norte-americano Luc Sante e a crítica espanhola Rosa Olivares que, por unanimidade, decidiu atribuir o galardão de 2013 ao fotógrafo mineiro Pedro Motta.
O artista, que vive e trabalha em Belo Horizonte, traz uma reflexão sobre o contraste da paisagem brasileira, com sua natureza exuberante e os pólos de urbanização. Algumas imagens foram manipuladas digitalmente com desenhos do artista, um testemunho de como a paisagem muda e se desloca. Segundo Motta, “A manipulação é importante para criar relações de “estranhamento” entre as pessoas e os espaços... ora é mais sugestiva ou mais agressiva. A dúvida que ela provoca é um elemento que percorre o meu trabalho, se é ou não real, se é ou não verdade”, enuncia o fotógrafo.