De 7 Junho a 28 Julho 2013
Célia Euvaldo apresenta sua primeira individual no Instituto Tomie Ohtake, em uma das salas do mezanino. Acostumada a pintar telas de grandes dimensões, a artista encarou o desafio de extrapolar esse limite, realizando uma intervenção diretamente nas paredes do espaço expositivo. De escala expansiva, o site-specific segue a proposta pictórica da artista, conhecida pela produção de desenhos e pinturas sempre em preto sobre o branco ou somente com uma das duas cores.
No lugar de pincéis, Célia Euvaldo utiliza vassoura e rodo, dando dimensão ao gesto e produzindo diferentes relevos. Suas “varreduras’ levam o tempo da tinta, que vai rareando até se extinguir o traço, muitas vezes utilizando a força de seu corpo inteiro. Em texto de 2009 sobre o trabalho da artista, o crítico Ronaldo Brito diz: “...a tinta se concentra, quase uniforme, ou se dispersa, aqui e ali se acumula. A ação da vassoura e do rodo se alternam, contrapõem-se, sob o comando de uma lei formal que só legisla no prazo desse exercício sem protocolos”. Para a realização dessa intervenção, Célia mandou produzir uma vassoura de 120 cm, ideal para preencher os espaços da grande sala que a exposição ocupa.
célia euvaldo
Célia Euvaldo (São Paulo, 1955) vem expondo regularmente desde meados da década de 80, tendo obtido o 1º prêmio – Viagem ao Exterior – no 11º Salão Nacional de Artes Plásticas em 1989. Entre 1988 e 1997, seu trabalho consistiu basicamente em desenho sobre papel, explorando e estirando os limites dessa categoria. A partir de então a pintura tem sido seu foco principal. Entre as mostras mais recentes, realizou individuais em 2011 no Museu da Gravura Cidade de Curitiba, e na Lemos de Sá Galeria, Belo Horizonte, bem como a mostra “Poeminhas” no Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo. Em 2006 apresentou a exposição “Brancos” na Estação Pinacoteca, São Paulo. Participou, em 2005, da 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre.