Instituto Tomie Ohtake visita: Coleção Imaginária de Paulo Kuczynski

De 20 de maio a 13 de agosto de 2023.

De terça a domingo, das 11h às 20h. Entrada franca.


Instituto Tomie Ohtake visita:

Coleção Imaginária de Paulo Kuczynski

Integram a exposição cerca de 200 obras de 39 artistas dos séculos XX e XXI – de Eliseu Visconti a Adriana Varejão


Iniciado em 2022, o programa de exposições Instituto Tomie Ohtake visita busca dar acesso ao grande público a obras de artistas já consagrados e que, pertencentes a coleções particulares, acabam sendo pouco exibidas. Apresentadas sob diferentes leituras curatoriais, essas exposições se aproveitam de combinações improváveis de artistas e trabalhos para contemplar novas perspectivas de uma história da arte já consolidada.

A segunda edição de projeto conta com o convite do Instituto feito a Jacopo Crivelli Visconti que propõe um percurso pela trajetória da "Coleção Imaginária de Paulo Kuczynski”. A mostra reúne alguns dos trabalhos mais importantes que passaram pelo crivo do marchand e colecionador ao longo de quase 50 anos de atuação, abordagem diferente da primeira edição do programa que trouxe para o Instituto Tomie Ohtake obras de uma única coleção (Igor Queiroz).

Com pouco mais de duzentos trabalhos de 39 artistas, a exposição – que resgata o título de uma mostra realizada por Kuczynski em 2004 – alinha diferentes períodos e expressões da arte brasileira, permitindo vizinhanças e aproximações inesperadas e extremamente fecundas. “Talvez a melhor chave para entender essa coleção imaginária e o olhar inteligente de seu criador esteja precisamente na imensa variedade de estilos e poéticas que permite identificar tanto as preferências pessoais quanto a profunda compreensão da evolução da arte nacional”, afirma Crivelli Visconti.

Assim, prossegue o curador, “as peças de Eliseu Visconti podem conviver com as da Adriana Varejão, obras de Leonilson com as de Ione Saldanha, José Pancetti com Tarsila do Amaral, Anita Malfatti com Ismael Nery, Di Cavalcanti com Candido Portinari, Vicente do Rego Monteiro com Lasar Segall, Antonio Bandeira com Frans Krajcberg,      Sergio Camargo com Willys de Castro, Luiz Sacilotto, Maria Martins e Vieira da Silva com Waldemar Cordeiro, Wesley Duke Lee e Mira Schendel e Alberto da Veiga Guignard e Antonio Gomide e Cícero Dias...”

Sobre Paulo Kuczynski

Desde 1974, em seu escritório de arte na Alameda Lorena, em São Paulo, Kuczynski trabalha, principalmente, com artistas brasileiros modernistas, concretistas e neoconcretistas. A premissa do escritório é oferecer obras significativas das melhores fases de cada autor, e apenas realizar exposições quando reúne um acervo muito significativo. Esse foi o caso da mostra “Di: Alguns Inesquecíveis”, com obras de Di Cavalcanti dos anos 20 a 40; “Volpi: Uma Homenagem” com obras de Alfredo Volpi dos anos 30 a 70; e a mostra antológica de Hélio Oiticica, com curadoria de Guy Brett.

Sobre o curador

Nascido em Nápoles, Itália, em 1973, Jacopo Crivelli Visconti é crítico e curador independente. Radicado em São Paulo, é Doutor em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de Novas derivas (WMF Martins Fontes, São Paulo, Brasil, 2014; Ediciones Metales Pesados, Santiago, Chile, 2016). Foi curador de inúmeras exposições e projetos institucionais, entre eles: Com o coração saindo pela boca , Pavilhão do Brasil na 59ª Bienal de Veneza, Itália (2022); Faz escuro mas eu canto , 34ª Bienal de São Paulo, Brasil (2020-2021); Untimely, Again, Pavilhão do Chipre na 58ª Bienal de Veneza, Itália (2019); Brasil – The Knife in the Flesh, PAC – Pavilhão de Arte Contemporânea, Milão, Itália (2018); Memorias del subdesarrollo , Museum of Contemporary Art, San Diego, EUA (2017); Hector Zamora – Dinâmica não linear , Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo, Brasil (2016); Sean Scully , Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil (2015); 12 Bienal de Cuenca, Equador (2014).

Sobre o programa “Instituto Tomie Ohtake visita”

Com a missão de democratizar o acesso do público a artistas e obras paradigmáticas da história da arte brasileira dos séculos XX e XXI, muitos deles partes integrantes de acervos e coleções pouco publicizadas, surgiu o programa Instituto Tomie Ohtake visita.  “Ao estar desobrigado de uma coleção permanente, por não ser um museu, o Instituto Tomie Ohtake tem flexibilidade para visitar múltiplos agentes do meio artístico, imergindo em seus repertórios, ações e acervos, e oferecendo aos públicos uma montagem articulada que atravessa a história da arte de modo único e temporário”, afirma Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake.      

   


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