Visitação: 29 novembro 2018 a 13 janeiro 2019
O Prêmio EDP nas Artes, iniciativa do Instituto Tomie Ohtake e do Instituto EDP, realiza mostra das obras dos artistas selecionados em sua sexta edição:
Ana Cláudia De Almeida Santos (Rio De Janeiro - RJ, 1993);
Elilson Gomes Do Nascimento (Recife - PE, 1991);
Iagor João Barbosa Peres (Rio De Janeiro - RJ, 1995);
Jéssica De Souza Luz (Araranguá - SC, 1992);
Lucas Emanuel Furtado Soares (Belo Horizonte - MG, 1994);
Ludmila Porto Cioffi De Lima (São Paulo - SP, 1989);
Lyz Parayzo (Rio De Janeiro – RJ, 1994);
Mariana Rosado Ferreira (Recife - PE, 1989);
Matheus De Simone Maciel (Rio De Janeiro - RJ,1994);
Rafael José Bandeira Da Penha (Belém -PA, 1992).
Durante a abertura foram anunciados os três artistas ganhadores:
Marie Carangi
Premiada com residência artística no Hangar - Centro de Investigação Artística | Lisboa, Portugal.
Elilson
Premiado com residência artística no Atelier R.A.R.O. | Buenos Aires, Argentina.
Iagor Peres
Premiado com residência artística no Centro de Arte Contemporáneo Lugar a Dudas | Cali, Colômbia.
Também foram realizadas performances e ações de artistas participantes da mostra:
- “Gota” (2016/2018), de Elilson
- “SuperZentai” (2018), de Rafael Bqueer
- “Tetaço geral” (2018), de Marie Carangi
- “Totem” (2016/ 2018), de Ludmila Porto
(Classificação indicativa das performances: 14 anos - Nudez)
Do total das 464 inscrições, quase o dobro em relação à edição anterior, foram selecionados 10 nomes, por um júri formado pelos artistas Artur Lescher, Fabio Morais, Jonas Van Holanda, Virgínia de Medeiros e as curadoras Diane Lima e Luise Malmaceda. O grupo recebeu acompanhamento personalizado da equipe de jurados para o processo de realização de suas respectivas obras, oportunidade rara para jovens artistas.
Voltado para estimular a produção artística contemporânea, o Prêmio EDP nas Artes é voltado para jovens artistas de todo o Brasil, nascidos ou residentes no país há pelo menos dois anos, com idade entre 18 e 29 anos. A iniciativa, além da premiação, contempla uma série de atividades ao longo do ano, como cursos, palestras e workshops em regiões brasileiras onde o acesso à arte contemporânea é mais restrito. Nesta edição, São José dos Campos, Vitória e Palmas receberam a programação.
Na edição anterior, em 2016, os três premiados foram António Tarsis de Jesus (Salvador, BA); Luisa Puterman (São Paulo, SP); e Jonas Van Holanda (Fortaleza, CE). Eles tiveram a oportunidade de ir à Colômbia, Canadá e Portugal para expandirem suas formações.
Sobre EDP e IEDP:
Com disciplina financeira e foco em sua forma de atuar, a EDP é uma companhia integrada de referência no mercado energético brasileiro, atuando nas áreas de Geração, Transmissão, Distribuição, Comercialização e Soluções em Energia Elétrica. Atualmente com cerca de três mil colaboradores próprios, a Empresa possui ativos em oito estados e está presente nacionalmente com a EDP Soluções, a EDP Comercializadora e a EDP Solar.
O Instituto EDP tem como responsabilidade estruturar os investimentos e as iniciativas sociais da Companhia, preferencialmente em frentes ligadas à valorização da Língua Portuguesa, à educação, ao desenvolvimento local com geração de renda, ao empreendedorismo e ao voluntariado, por meio do esporte, da cultura e da saúde. Ao todo, em 2017, foram apoiados 35 projetos, beneficiando 60 mil pessoas.
Sobre os Jurados:
Artur Lescher (1962, São Paulo - SP). A obra de Artur Lescher marca presença na arte contemporânea brasileira com instalações, esculturas e objetos que ocupam espaços com força e fluidez. Seus trabalhos integram as coleções do The Museum of Fine Arts, Houston, e Philadelphia Museum of Art (ambos nos EUA), MALBA – Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires e MAMBA - Museo de Arte Moderno de Buenos Aires (Argentina), Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, entre outras. O artista participou das edições de 1987 e 2002 da Bienal de São Paulo e da edição de 2005 da Bienal do Mercosul em Porto Alegre, Brasil, onde também atuou como curador na edição de 2009. Expôs em diversas mostras na América Latina, na Europa e nos Estados Unidos, além de mostras individuais, recentemente expos no Palais d’Iena (2017), em Paris, Galeria OMR, Cidade do México e Galeria Nara Roesler em São Paulo.
Diane Lima (1986, Mundo Novo - BA) é curadora independente, pesquisadora e diretora criativa. Mestra em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, seu trabalho concentra-se em experimentar práticas curatoriais multidisciplinares em perspectiva decolonial. Entre os projetos criou o AfroTranscendence (Red Bull Station/ Galpão VideoBrasil), foi curadora entre 2016 e 2017 do Diálogos Ausentes (Itaú Cultural) e em 2018, do Valongo Festival Internacional da Imagem. Em 2019 realiza a Residência PlusAfrot na Villa Waldberta em Munique-Alemanha.
Fabio Morais (1975, São Paulo – SP) é artista visual com uma prática expositiva e editorial entre a visualidade e a escrita. Participou de exposições coletivas em instituições como Bienal de São Paulo, Bienal do Mercosul, Instituto Tomie Ohtake, MAM-SP, CCSP, SESC, Museu da Pampulha, MAC-Lion, MACBA, CGAC, Bonniers Konsthall, e sua última exposição individual foi Escritexpográfica, em 2017, na Galeria Vermelho. Em sua atuação editorial, tem livros publicados por Edições Tijuana, par(ent)esis, Dulcinéia Catadora, Ikrek Edições, entre outras.
Jonas van Holanda (1989 Fortaleza, Ceará) é artista trans não binário, pesquisador de insurgências de gênero. Estudou Artes Visuais no Parque Lage, RJ. O seu trabalho é baseado em subverter relações semânticas e criar referências estéticas com ferramentas e discursos decoloniais. Entre suas exposições mais recentes destacam: Quando nós estamos? no Instituto Tomie Ohtake (SP), Travessias Ocultas no SESC Bom Retiro (SP), Bestiário no CCSP. Trabalhou na 32a Bienal de SP na obra-restaurante Restauro de Jorge Menna Barreto. Esteve em residência na Casa Matony, em La Paz, Bolívia, e no Centro de Investigação Artística HANGAR em Lisboa, Portugal e A SUL no Lavadouro Público do Carnide também em Lisboa. Em 2016 foi o artista vencedor da 5ª edição do Prêmio EDP do Instituto Tomie Ohtake. Suas atividades incluem ações e workshops de micropolítica alimentar e estruturas decoloniais em gênero e feminismos, tentando reinventar o papel das transmasculinidades no contexto carnofalocentrista atemporal. Atualmente integra o júri da 6ª edição do Prêmio EDP no Instituto Tomie Ohtake. Vive e trabalha em São Paulo.
Luise Malmaceda (1988 e Santa Maria - RS) Membro do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake. Mestre em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo, é pós-graduada em História da Arte (FAAP) e graduada em Artes Visuais (UFRGS). Dedica-se a pesquisas voltadas para artes visuais e cultura experimental brasileira dos anos 1960-70. Atuou como pesquisadora e arte-educadora em instituições culturais como Fundação Iberê Camargo, Fundação Vera Chaves Barcellos e MAC-USP. Em 2015, foi editora da revista Harper’s Bazaar Art. Recentemente, vem integrando o júri de prêmios culturais e ministrando cursos livres.
Virginia de Medeiros (1973, Feira de Santana - BA) trabalha principalmente com videoinstalação e audiovisual, desenvolvendo uma obra que questiona os limites entre realidade e ficção. A artista lida com três pressupostos comuns aos campos da arte e do documentário: o deslocamento, a participação e a fabulação. De Medeiros. Em 2006, teve a obra “Studio Butterfly” selecionada pelo Programa Rumos Itaú Cultural e para a 27a Bienal de São Paulo. Em 2009, participou da residência artística “International Women for Peace Conference”, em Dili, Timor-Leste, e em 2007, da Residência Artística no Centro de Artes La Chambre Blanche, em Québec, Canadá. Recebeu o prêmio Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2009 com a vídeo instalação “Fala dos Confins”, que em 2013 foi adquirida pelo Centro Cultural São Paulo. Em 2010 participou da 2ª Trienal de Luanda “Geografias Emocionais, Arte e Afectos” e em 2011, do 320 Panorama de Arte Brasileira, MAM São Paulo. Em 2012, ganhou a Bolsa Funarte Estímulo à Produção em Artes Visuais com o projeto “Jardim das Torturas” e foi premiada no 18o Festival de Arte Contemporânea Videobrasil com o Prêmio de Residência ICCo – Instituto de Cultura Contemporânea no Residency Unlimited – Nova York, EUA. Mostras coletivas recentes incluem: Missão (Centro Cultural São Paulo, São Paulo, 2014); Cães Sem Plumas (MAMAM, Recife, Brasil; Galeria Nara Roesler, São Paulo, Brasil, 2013); Projeto Novas Aquisições MAC CE- Dos percursos e das poesias (Dragão do Mar, Fortaleza, Brasil, 2013); Coletiva Instituto Cervantes (Instituto Cervantes, São Paulo, Brasil, 2012); Metrô de Superfície (Paço das Artes, São Paulo, Brasil, 2012); e Vídeo Guerrilha (Intervenção Urbana Augusta, São Paulo, Brasil, 2011).
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA DA EXPOSIÇÃO: 12 anos - Nudez