Frida Kahlo - conexões entre mulheres surrealistas no México

13 abril a 5 junho na CAIXA Brasília

Com curadoria da pesquisadora Teresa Arcq, Frida Kahlo - conexões entre mulheres surrealistas no México, com cerca de 100 obras de 15 artistas, revela a forma como uma intricada rede, com inúmeras personagens, se formou tendo como eixo a figura de Frida Kahlo. O recorte focaliza especialmente artistas mulheres nascidas ou radicadas no México, protagonistas, ao lado de Kahlo, de potentes produções, como Maria Izquierdo, Remedios Varo e Leonora Carrington.

Durante toda a sua vida, Frida Kahlo pintou apenas 143 telas. Nesta exposição, num caso raro e inédito no Brasil, estão reunidas cerca de 20 delas, além de 13 obras sobre papel - nove desenhos, duas colagens e duas litografias, proporcionando ao público brasileiro amplo panorama de seu pensamento plástico. A sua presença vigorosa perpassa ainda a exposição pelas obras de outras artistas participantes, que retrataram a sua figura icônica. Por meio da fotografia, destacam-se os trabalhos de Lola Álvarez Bravo, Lucienne Bloch e Kati Horna. Imagens de Frida estão impregnadas ainda nas lentes de Nickolas Muray, Bernard Silberstein, Hector Garcia, Martim Munkácsi e em uma litografia de Diego Rivera, Nu (Frida Kahlo), 1930.

Entre as mulheres artistas mexicanas vinculadas ao surrealismo surpreende a abundância de autorretratos e retratos simbólicos. Entre as 20 pinturas de Frida na exposição, seis são autorretratos. Há ainda mais duas de suas telas que trazem a sua presença, como em El abrazo de amor del Universo, la terra (México). Diego, yo y el senõr Xóloti, 1933, e Diego em mi Pensamiento, 1943, além de uma litografia, Frida y el aborto, 1932.Conforme destaca Teresa Arqc, os autorretratos e os retratos simbólicos marcam uma provocativa ruptura que separa o âmbito do público do estritamente privado. Segundo a curadora, impressiona constatar como estas artistas subvertem o cânone para realizar uma exploração de sua psique carregada de símbolos e mitos pessoais. "Em alguns de seus autorretratos Frida Kahlo, Maria Izquierdo e Rosa Rolanda elegeram cuidadosamente a identificação com o passado pré-hispânicoe as culturas indígenas do México, utilizando ornamentos e acessórios que remetem a mulheres poderosas, como deusas ou tehuanas, apropriando-se das identidades destas matriarcas amazonas", afirma.

A confluência dos grupos de exiladas europeias, como a inglesa Leonora Carrington, a francesa Alice Rahon, a espanhola Remedios Varo e a fotógrafa húngara Kati Horna, e das artistas que vieram dos Estados Unidos, como Bridget Tichenor e Rosa Rolanda, permanecendo no México o resto de suas vidas, além de outras visitantes vinculadas ao surrealismo, atraídas pelas culturas ancestrais mexicanas, como as francesas Jacqueline Lamba, a norte-americana Sylvia Fein -, favoreceu uma atmosfera criativa intelectual e uma completa rede de relações e influências com Kahlo e demais artistas mexicanas. "A multiplicidade cultural, rica em mitos, rituais e uma diversidades de sistemas e crenças espirituais influenciaram na transformação de suas criações. A estratégia surrealista da máscara e da fantasia, que no México forma parte dos rituais cotidianos em torno da vida, a morte no âmbito do sagrado, funcionava também como um recurso para abordar o tema da identidade e de gênero", completa Arcq.  

Como parte da visitação da exposição, os visitantes podem apreciar filmes sobre as artistas Alice Rahon, Rara Avis, Jacqueline Lamba, Leonora Carrington, Remedios Varo e Frida Kahlo. A programação, gratuita, se repete diariamente nos mesmos horários, com os seguintes filmes:

09h30 – Alice Rahon (2012), direção de Dominique e Julien Ferrandou, 64 minutos
11h00 – Rara Avis – Bridget Tichenor (1985), direção de Tufic Makhlouf, 21 minutos
12h00 – Jacqueline Lamba (2005), direção de Fabrice Maze, 120 minutos
14h30 – The Life and Times of Frida Kahlo (2005), direção de Amy Stechler, 90 minutos
16h30 – Leonora Carrington (2011), direção de Dominique e Julien Ferrandou, 107 minutos
19h00 – Remedios Varo (2013), direção de Tufic Makhlouf, 64 minutos

programe sua visita

Horário de visita: terça-feira a domingo, das 9h às 21h (último grupo entra até às 20h).
Os períodos de visitação são os seguintes: 9h às 11h, 11h às 13h, 13h às 15h, 15h às 17h, 17h às 19h e 19h às 20h.

Horário da Bilheteria: Terça-feira a domingo, das 9h às 20h
Local: Galerias Principal e Acervo

Ingresso: Para acesso à exposição, o visitante deve retirar sua senha na bilheteria específica da exposição na CAIXA Cultural Brasília. Serão disponibilizadas senhas para os períodos definidos de visitação, sujeita à capacidade da galeria para cada período e para o dia. O visitante deverá comparecer para a visitação dentro do período solicitado. A entrada na galeria é organizada por ordem de chegada.

As visitas também podem ser agendadas previamente no site frida.ingresse.com, no qual cada visitante, a partir de seu CPF, poderá reservar até 4 senhas por período. As datas disponibilizadas serão as da primeira quinzena do período de visitação.


Entrada: Não é permitida a entrada na galeria portando bolsas, mochilas, guarda-chuvas, comidas, bebidas, etc. Guarda-volumes disponível. É permitido fotografar sem flash.

Mais informações: http://www.caixacultural.com.br/sitepages/evento-detalhe.aspx?uid=1&eid=846 


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