Tomie Ohtake Dançante


De 16 de novembro a 19 de março de 2023 

De terça a domingo, das 11h às 20h. Entrada franca.


TOMIE OHTAKE DANÇANTE

A exposição celebra os 20 anos de fundação do Instituto Tomie Ohtake no mês em que se comemora também o aniversário da artista que dá nome ao espaço.

Nesta exposição comemorativa – 20 anos de uma instituição compromissada em se renovar para oferecer ao público um programa de qualidade, tanto de exposições quanto de atividades culturais e educativas –, os curadores Paulo Miyada e Priscyla Gomes trazem novo olhar para a obra de Tomie Ohtake, nesta exposição realizada com os patrocínios do Bradesco, na cota Apresenta, e Motorola, na cota Ouro. 

Em Tomie Ohtake Dançante, a dupla de curadores investiga se a pintura dança, ou se é possível dançar com a pintura. “Palavras como movimento, gesto, matéria, ritmo, corpo, espaço, deslocamento, partitura e coreografia, antes mesmo de serem articuladas em uma sentença verbal, misturavam-se na hipótese de que na obra de Tomie Ohtake se dança, de que Tomie é dançante”. 

Além da seleção de obras, para preparar a exposição os curadores conversaram ao longo de seis meses com coreógrafos e coreógrafas de perfis e trajetórias diversos, capazes de imergir na produção plástica de Tomie Ohtake. Neste período os convidados conceberam obras em diálogo com a casa e a produção de Tomie e realizaram ensaios abertos na casa-ateliê da artista, compartilhando os respectivos processos com o público. Essas peças farão parte da exposição com intuito agora de ocupar e ativar diferentes espaços do Instituto Tomie Ohtake.  Em novembro acontecem as apresentações de Emilie Sugai (21.11), data de aniversário de Tomie, e Rodrigo Pederneiras (26.11). Os horários e demais apresentações podem ser acompanhados pelo site e instagram do Instituto Tomie Ohtake. 

Segundo os curadores, ao revisitar a obra de Tomie, encontraram algumas ênfases plausíveis para uma abordagem do que há de dançante no seu fazer e no seu experienciar. “Em decorrência dessas ênfases, organizamos esta exposição com 45 obras, em três atos, três ambiências que conjugam seleções de pinturas de Tomie Ohtake com recursos expográficos escolhidos para intensificar a consciência sinestésica do corpo, do espaço e do movimento que atuam na percepção da imagem pictórica”, destacam Miyada e Gomes.

No primeiro ato, rasgos e combinações, estão reunidas pinturas da década de 1960, quando Tomie realizava estudos com papéis coloridos retirados de revistas, convites e outros impressos, rasgados à mão e agrupados em pequenas colagens. O conjunto ressalta a recorrência de pedaços e formas que, com suas bordas tremidas, giram, multiplicam-se, ocupam diferentes posições, saltam de um lado para o outro, de uma tela para a outra. Os curadores ressaltam que para acompanhar o ritmo dessa coreografia, o passo do visitante que adentra o ambiente é surpreendido pela maciez do piso revestido de espuma. “Trata-se de uma sutil quebra da convenção museológica, apenas suficiente para lembrar a cada pessoa que ela também tem um corpo, e que cada movimento depende do encontro do gesto habitual com a consistência do espaço em que se pisa”. 

Já em tatear a matéria sob uma penumbra, focos iluminam pinturas criadas pelo enfrentamento dos movimentos de Tomie Ohtake com a substância pictórica, sua densidade e transparência. No centro desse ambiente estão as chamadas “pinturas cegas”, da década de 1960, de grande gestualidade: pinceladas feitas de olhos fechados. Compõem este ato, pinturas realizadas a partir da década de 1980, que remetem diretamente à materialidade da tinta acrílica, à solvência de seu pigmento na água, cujas pinceladas compõem movimentos ritmados. 

Por fim, planos e profundidades é o ato de conclusão da mostra, com pinturas produzidas desde a década de 1970 até 2010. Em um espaço amplo, planos pendentes do teto sucedem-se em um ritmo de diferentes alturas, larguras e distâncias. “Esse recurso remete à cenografia de Tomie Ohtake para a ópera Madame Butterfly (1983), em que simples planos de cor dispostos em profundidades distintas eram suficientes, segundo a artista, para sugerir tanto contextos e espacialidades quanto estados emocionais de seus personagens”, lembram os curadores. Esse ambiente pictórico coloca o visitante em deslocamento entre imagens que são em si mesmas sugestivas de movimento e acolhe uma pintura em grande escala – 10 metros de comprimento – que Tomie concebeu para a inauguração do Instituto e só agora volta a ser exibida. “Uma obra que em si mesma desenha a coreografia de uma linha no espaço”, completam Miyada e Gomes.

Confira a programação das próximas apresentações no Instituto Tomie Ohtake!

Lotação máxima: 75 pessoas.

Ingressos distribuídos por ordem de chegada.

 

04 de março | sábado, às 19h

Coreografia: Cassi Abranches

Bailarina: Irupé Sarmiento

Iluminação: Gabriel Pederneiras

 

07 a 12 de março | terça a domingo, às 19h

Sessão extra: Sábado, 11 de março, às 20h

HORIZONTE

Criação e Dança: Eduardo Fukushima e Bia Sano

Criação Musical: Chico Leibhloz

Dramaturgia: Júlia Rocha

Colaboração artística: Hideki Matsuka

Figurino: Irrita

 

18 de março | sábado, às 19h

Coreografia: Davi Pontes

Interpretação e dança: Sebastião Abreu



FICHA TÉCNICA DE ENSAIOS E APRESENTAÇÕES DE 2022

EMILIE SUGAI E LEE TAYLOR

Concepção: Emilie Sugai e Lee Taylor

Direção: Lee Taylor

Assistência: Frederico Torres

Trilha sonora: Paulo Beto

Figurino: Telumi Hellen

Montagem e operação de luz: Gustavo Martins e Leandro Tchebas

 

DAVI PONTES

Coreógrafo: Davi Pontes

Bailarino e intérprete: Sebastião Abreu

Trilha sonora: Podeserdesligado

Figurino: Iah Bahia

Montagem e operação de luz: Gustavo Martins

 

CASSI ABRANCHES

Coreógrafa: Cassi Abranches

Bailarina: Irupé Sarmiento

Trilha sonora: 5.2 Allemande - Peter Gregson  - 2018 | 5.5 Gravottes  - Peter Gregson  - 2018

Montagem e operação de luz: Gustavo Martins

 

ALLYSON AMARAL

Dramaturgia: Allyson Amaral e Haroldo Saboia

Trilha sonora: Inês Terra

Figurino: Allyson Amaral

Luz: Fernando Melo

Operação de luz: Dida Genofre

 

EDUARDO FUKUSHIMA E BEATRIZ SANO

Direção geral: Eduardo Fukushima

Criação e dança: Eduardo Fukushima e Beatriz Sano

Criação musical: Chico Leibhloz

Dramaturgia: Júlia Rocha

Colaboração artística: Hideki Matsuka

Montagem de luz: Gustavo Martins

Operação de luz: Leandro Tchebas

Figurino: Irrita

 

RODRIGO PEDERNEIRAS

Coreógrafo: Rodrigo Pederneiras

Bailarinos: Mariana do Rosário e Elias Bouza

Iluminação: Gabriel Pederneiras

Figurino: Luísa Magalhães








Apresentado por



COTA PLATINA



cota ouro



idealização e coordenação


apoio de mídia







realização