De 26 março a 11 maio 2014
Em 2014 o Instituto Tomie Ohtake passará a contar com uma sala constantemente dedicada a recortes da produção da artista que o empresta o nome. A série de exposições buscará renovadas análises, interpretações e possíveis arranjos expositivos das obras desses 60 anos de produção de Tomie Ohtake.
Para dar início a esse projeto, Tomie Ohtake – Litogravuras, curada por Agnaldo Farias e Paulo Miyada, destaca o trabalho da artista na técnica que ela explorou durante poucos anos de sua carreira, no início da década de 1970, intercalando com a experimentação em serigrafia.
Ainda que na trajetória de Tomie a pintura tenha lugar de destaque por sua grande produção e constante renovação, a gravura tem sido uma constante na pesquisa da artista, que, com litogravuras, participou de duas importantes mostras que discutiram a técnica e seus métodos de impressão. Grafica D’Oggi (1972), na ocasião da 36ª Bienal de Veneza e Bienal de Gravura de Tóquio (1974/1978) contaram com conjuntos de gravura notáveis pela riqueza gráfica, pelo emprego inusual das cores e pela combinação de formas e texturas idiossincráticas.
O público notará que a litogravura de Tomie aproveita-se de todo o repertório gráfico disponível nessa técnica, que durante décadas foi vastamente explorada como método de reprodução em larga escala – criando soluções para abrandar as marcas das pedras, afinar acertos de registro e preparações cromáticas.