Descrição da imagem: arte gráfica com o símbolo do projeto. Do lado esquerdo uma forma irregular esférica que parece uma pedra, com diversos traços brancos na superfície formando triângulos também irregulares nas cores amarelo, vermelho, verde, roxo e azul claro. Ao lado esta escrito “Manhãs de História” em azul claro.
Manhãs de História
Manhãs de História é um projeto do Instituto Tomie Ohtake com patrocínio da Cielo, que tem como objetivo proporcionar experiências com a arte e a cultura para pessoas com e sem deficiência por meio de contações de histórias, cursos, formação de funcionários, derivas poéticas pela cidade, audioguias, atividades para bebês e ciclo de debates entre profissionais da cultura sobre acessibilidade.
As ações são gratuitas e abertas para todo público interessado com ênfase nos atendimentos às pessoas com deficiências físicas, intelectuais ou sensoriais e também para públicos em condição de vulnerabilidade social, com pouco ou nenhum acesso a equipamentos de cultura. O projeto conta com recursos de audiodescrição e outras formas de estímulo à participação do público sobre o universo artístico.
Na primeira edição do projeto, em 2015, mais de 1500 crianças e adultos, com e sem deficiência visual, participaram das sessões de histórias no Instituto Tomie Ohtake sobre a vida e a obra de Tomie Ohtake, Joan Miró e Frida Kahlo.
Veja algumas atividades nos vídeos abaixo:
Programação 2016
JOGO DE ATIVIDADES
BOLSA DE ARTISTA TOMIE OHTAKE
Resultado de pesquisa e observações das atividades do projeto Manhãs de História de 2015, o jogo de atividades Bolsa de Artista Tomie Ohtake foi desenvolvido para propor uma experiência artística para crianças com e sem deficiência visual, com diversos recursos para atividades individuais ou em grupo. Confeccionadas com sobras de tecido da indústria de móveis, cada bolsa é única e vem com caderno de atividades, livro ilustrado sobre a história da artista Tomie Ohtake, audiodescrição em CD, além de tintas, telas, pincéis, papéis e texturas. Os materiais, encontrados em qualquer papelaria, podem ser repostos e também acrescidos de outros, de acordo com o desejo de cada criança.
Foram produzidas 200 bolsas direcionadas para as crianças e as instituições de educação. Devido o grande interesse do público e para ampliar o acesso às experiências artísticas que o material propõe, os arquivos do caderno de ilustrações com a história da artista Tomie Ohtake e o caderno de atividades com seus respectivos áudios estão disponíveis aqui.
Clique no link abaixo para fazer download do caderno de ilustrações, assim como os áudios descritivos do caderno.
Caderno Ilustrativo
Caderno - Áudio 1
Caderno - Áudio 2
Caderno - Áudio 3
Caderno - Áudio 4
Caderno - Áudio 5
Caderno - Áudio 6
Caderno - Áudio 7
Caderno - Áudio 8
Caderno - Áudio 9
Caderno - Áudio 10
Caderno - Áudio 11
Caderno - Áudio 12
Caderno - Áudio 13
CONTAÇÕES DE HISTÓRIAS
Descrição da imagem: fotografia de grupo de crianças sentadas sobre tapetinhos circulares amarelos e vermelhos. Cada uma delas está segurando um pincel para o alto e estão voltadas para uma mulher de pele e cabelos claros com vestido longo estampado, bem no centro de duas faixas amarelas que descem do alto.
Na formação de uma criança, ouvir histórias é o início da aprendizagem e um caminho infinito de descobertas e compreensão do mundo. O projeto Manhãs de história busca inserir o vocabulário das artes visuais no cotidiano das crianças e suas famílias abrindo caminho para o desenvolvimento da sensibilidade artística utilizando recursos narrativos, musicais e de audiodescrição.
A experiência, que teve foco na deficiência visual em 2015, foi ampliada em 2016 para pessoas com outras deficiências e a públicos em condição de vulnerabilidade social, por meio de uma programação regular, com sessões às sextas-feiras e aos sábados. Entre os temas das contações do ano de 2016, se destacam Pablo Picasso, que foi tema de mostra no Instituto Tomie Ohtake.
Programação
As atividades aconteceram de sextas-feiras, às 9h30, e aos sábados, às 11h nas seguintes datas:
11 e 19 de março;
08 e 29 de abril;
07 de maio;
03 e 24 de junho;
02, 16 e 29 de julho;
06 e 26 de agosto;
16 de setembro;
07, 21 e 29 de outubro;
19 e 25 de novembro;
03 de dezembro.
Com o objetivo de ampliar o público atendido, o projeto Manhãs de História teve sessões de contação de histórias itinerantes em escolas, abrigos para crianças e idosos, além de instituições de ensino de crianças e jovens. As atividades eram exclusivas para as instituições parceiras.
NO COLO
Descrição da imagem: fotografia de uma bebê de pele clara e cabelos cacheados curtos com blusa regata branca com pontinhos rosa olhando atentamente para alguém que segura uma grande concha do mar em seu ouvidinho.
Mães e pais que vêem seu cotidiano transformado com a chegada de seus bebês buscam espaços de convivência que transmitam segurança e conforto. Neste sentido, um espaço de arte e cultura como o Instituto Tomie Ohtake torna-se um ambiente de encontro entre pares que passam pelos mesmos desafios que chegam junto com a maternidade e a paternidade.
As atividades com bebês nos espaços de arte e cultura trazem contribuições para a sociedade nos campos da educação da primeira infância e das relações interpessoais. Entendendo a Educação Infantil como indissociável da arte, as instituições culturais podem potencializar seu papel de laboratório de experiências artísticas com foco nos professores de creches e escolas e para os próprios bebês que as frequentam.
A ação também conta com atividade de formação para professores em escolas parceiras.
CICLO DE PALESTRAS e conversas; mediações accessíveis
Descrição da imagem: plateia de aproximadamente 70 pessoas em cadeiras e bancos voltada para uma mesa com quatro pessoas. Próximas a elas estão uma caixa de som e a uma projeção com formas coloridas e texto.
Os encontros visam colaborar para trocas de experiências e reflexões entre profissionais da cultura, além de divulgar ações de acessibilidade cultural realizadas por algumas das mais importantes instituições do país, considerando o seu entorno e o protagonismo de representantes dos grupos sociais mencionados que atuam em equipamentos culturais.
Ao final do ciclo, foi realizada uma publicação com textos reflexivos escritos pelos convidados do ciclo de debates.
Programação de 2016
* As atividades aconteceram nas seguinte datas, às segundas-feiras, das 15h às 18h. Todos os encontros contaram com intérprete de libras (língua brasileira de sinais)
18 de abril - O que é acesso? Expansão de conceitos nos equipamentos culturais
Renata Bittencourt – Doutora em História da Arte pelo IFCH-UNICAMP, coordenadora da Unidade de Formação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e gestora de programas como as Fábricas de Cultura, as Oficinas Culturais e a SP Escola de Teatro.
Gabriela Aidar – Graduada em História peã USP, especialista em Estudos de Museus de Arte pelo MAC/USP e em Museologia pelo MAE/USP. Obteve o titulo de Máster of Arts in Museum Studies pela Universidade de Leoceste, na Inglaterra, com revalidação pelo Programa de Mestrado em Museologia da UNIRIO. Coordenadora dos Programas Educativos Inclusivos da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
30 de maio - LGBT e a promoção da diversidade na cultura - desmistificando lugares comuns
Jo Clifford - Dramaturga e atriz residente em Edimburgo na Escócia, escreveu por volta de 80 peças de teatro, entre as quais destacam-se Losing Venice, Every One, Faust e The Tree Of Knowledge. Great Expectations fez de Jo a primeira dramaturga abertamente transgênero a ter um texto de teatro montado no West End de Londres.
Renata Carvalho - Renata Carvalho é atriz, performer, diretora, maquiadora e professora de teatro, atuante desde 1995. Atualmente colabora com O Coletivo, de Santos, nos projetos BISPO (Festival Mirada), com o qual ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival Nacional de Barbacena, e ZONA IN PROGRESS. Foi contemplada com o Proac LGBT com o espetáculo autobiográfico "Dentro de mim mora outra" e com o Prêmio 01FACULT com "Prólogo para o diletante".
Paula Beatriz de Souza - Especialista em Gestão Educacional pela UNICAMP e em Docência no Ensino Superior pela Universiade Estácio de Sá, é Diretora da Escola Estadual Santa Rosa de Lima e professora na EMEF Maurício Simão, atuando no magistério público há 27 anos. Mulher transexual, negra, militante independente dos movimentos sociais, políticos, educacionais e culturais LGBT, participante do Fórum Paulista de Travestis e Transexuais.
Cássio Rodrigo - Jornalista, formado pela PUC-SP, é assessor de Cultura para Gêneros e Etnias na Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Atuou na Assessoria de Imprensa do Gabinete do Prefeito, Assessoria Técnica-Legislativa, e foi Coordenador Geral da Diversidade Sexual, da Prefeitura de São Paulo entre os anos de 2005 e 2009.
27 de junho - Tramando palavras para desconstruir barreiras sensoriais - pessoas com deficiência visual nas programações culturais
Lívia Motta - Professora doutora em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC de São Paulo, com parte de seu doutoramento feito na Universidade de Birmingham, Reino Unido. É coordenadora pedagógica do 1o Curso Brasileiro de Especialização em Audiodescrição, pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Camila Araújo Alves - Graduada em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense, trabalha como educadora cega no Centro Cultural Banco do Brasil, coordenando o programa de acessibilidade do setor educativo.
25 de julho - Práticas e apropriações de espaços culturais contra as vulnerabilidades socioeconômicas
Roberto da Silva - Pedagogo (UFMT, 1993), Mestre (USP, 1998), Doutor (USP, 2001) em Educação e Livre Docente em Pedagogia Social (USP, 2009). Atualmente é professor Livre Docente do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Raphael Escobar - Artista formado em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, atua com educação não formal dando oficina para crianças e adolescentes em situacão de risco como adolescentes e jovens privados de liberdade na Fundação Casa (Antiga FEBEM).
29 de agosto - Diversidade intelectual - caminhos para as relações com o saber
Mario Paulo Bovino Greggio - Com atuação profissional na ONG Mais Diferenças, é frequentador do Nossa Turma, grupo de pessoas adultas com deficiência intelectual. Foi educador no Museu do Futebol e participou das atividades do programa Deficiente Residente, onde contribuiu com as equipes do museu suas características como pessoa com Síndrome de Asperger.
Márcia Pessoa - Pedagoga há 25 anos com especialização em deficiência intelectual pela UNIFESP em Emprego Apoiado, atua no Serviço de Qualificação e Inclusão Profissional da APAE de São Paulo.
26 de setembro - Promoção da identidade e cultura surda para a representatividade nos espaços culturais
Edvaldo Carmo dos Santos - Cursa pedagogia, tem experiência profissional diversificada em educação e mediação de artes em museus. Como educador surdo, fez parte das equipes do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu do Futebol e Museu Afro Brasil. Atualmente, trabalha como educador no Itaú Cultural e é também um dos representantes do movimento Negro Surdo no Brasil.
Hugo Eiji - Formado em Comunicação Social pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e em Pedagogia – Educação de Deficientes da Áudio-comunicação – pela PUC-SP, tem Mestrado em Ciências da Cultura (MA in Culture and Communication) pela Universidade de Lisboa e trabalha com projetos de Educação de Surdos.
31 de outubro - Idosos, partilha de lembranças e experiências
Judith Mader Elazari - Bacharel e Licenciatura em História e Mestre em História Social pela USP, atua como educadora no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP desde 1987, em ações educativas como coordenação da oficina “Arqueologia e Memória: a Terceira Idade no MAE/USP.
Cristiane Tenani Pomeranz - Bacharel em Comunicação Visual pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em arte terapia pelo Instituto Sedes Sapientiae, idealizou e ministra desde 2009 o projeto “Faça Memórias, Cultural”, curso de estímulo de memória pela arte no MuBE.
Juliana Prescott Naso - Licenciada em Artes Visuais pela Universidade de Belas Artes de São Paulo, especialista em arte terapia pelo Instituto Sedes Sapientiae, idealizou e ministra desde 2009 o projeto “Faça Memórias, Cultural”, curso de estímulo de memória pela arte no MuBE
28 de novembro - Deficiências múltiplas, capacidades singulares
Roberta Galasso Nardi - Com Doutorado (2007) e Mestrado (2001) em Educação e Currículo pela PUC - SP e graduação em Pedagogia, é Coordenadora Pedagógica da AACD-Lar Escola e membro do Grupo de pesquisa Ecotransd-CNPq. Tem atuação profissional docente do Departamento de Educação e Metodologia Comparada da Faculdade de Educação da USP- Disciplina de Didática.
Ana Amália Tavares Bastos Barbosa - Artista plástica e arte educadora formada pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP/SP), estudou História da Arte na Texas University at Austin, Design na School of Visual Arts e Litografia na Columbia University em New York/USA. Em 2002, teve um acidente vascular cerebral de tronco e como sequela adquiriu a síndrome do locked in, ficando tetraplégica, muda e disfágica, mas inteiramente consciente e com a cognição plenamente preservada.
Liliane Rebelo - Tem formação em Jornalismo e especialização em Marketing pela Chartered Institute of Marketing (UK/2012). Desde 2005, trabalha no British Council Brasil liderando os projetos de teatro e dança na função de Gerente de Artes, incluindo a plataforma Unlimited: Arte sem Limites, que celebra as artes no âmbito da acessibilidade e da qualidade artística de artistas com deficiência. Em 2014, trabalhou junto ao Creative Scotland em Edimburgo como Gerente Internacional de projeto.
Marcos Abranches - Coreógrafo e dançarino com paralisia cerebral, que utiliza dramaticidade aos movimentos impregnados de cores e sentimentos inquietantes.
ouvir para ver a cidade
Descrição da imagem: grupo de jovens vestindo uniforme de colégio azul marinho e vermelho reunidos em círculo com alguns adultos. Estão em uma varanda ampla e longa com muretas de concreto com pequenos obeliscos ao ar livre, próximos a uma casa de arquitetura antiga, rosada e bem conservada.
Desenvolvido sobre o tema da exploração da cidade enquanto território complementar à educação, bem particular de cada indivíduo e comunidade, o Instituto Tomie Ohtake e o coletivo Apé Estudos em Mobilidade propuseram a utilização do espaço público como base de propostas educativas. Como forma de contribuição para o desenvolvimento de autonomia, foram realizadas derivas coletivas de grupos de pessoas com e sem deficiência visual para juntos realizarem descobertas poéticas partindo de lugares emblemáticos da cidade para desenvolvimento da sensibilidade no uso comum do espaço por pessoas com diferentes capacidades. Tendo a audição como sentido norteador, as derivas contaram com recursos de audiodescrição, depoimentos, músicas, leituras e diferentes registros em formatos presencial e também gravados em aparelhos individuais de mp3 para proporcionar experiências pessoais e coletivas de caminhada.
A ação teve como objetivo proporcionar uma experiência poética para grupos de adultos que exploraran a arquitetura de espaços públicos da cidade de São Paulo em diversos encontros.
curso para professores - construindo histórias para sentir e ouvir
O curso teve como objetivo levar aos professores sugestões de elementos, estruturas, formas e modelos de trabalhar dentro de sala de aula com crianças cegas e videntes utilizando os recursos da contação de história e da audiodescrição, bem como outros recursos multissensoriais para crianças com deficiência neuromotora, auditiva, intelectual e múltiplas.
oficinas artísticas e acessíveis
Descrição da imagem: fotografia de três crianças manipulando uma placa com peças destacáveis sobre mesas. Elas estão em pé, um menino de camiseta branca , pele e cabelos claros do lado esquerdo da imagem, do lado direito da foto está uma menina de camiseta azul de cabelos castanhos e lisos até os ombros, os dois estão de costas do lado oposto da mesa onde está uma menina negra de vestido azul claro faixa no cabelo preto e volumoso com uma placa igual a dos outros dois.
Em alguns sábados de 2016 foram oferecidas oficinas acessíveis para pessoas com ou sem deficiências com o intuito de abordar e experimentar diversas linguagens artísticas. Pensadas para proporcionar diversão, práticas e reflexões sobre arte, as oficinas abrangeram toda diversidade de público: crianças, jovens, adultos e idosos.
audioguias de exposições
Destinado às pessoas que desejam observar as exposições do Instituto Tomie Ohtake utilizando a perspectiva da audiodescrição, tendo ou não deficiências visuais e intelectuais, os conteúdos de audioguias produzidos podem direcionar visitas favorecendo a compreensão e interpretação dos conteúdos expostos. A utilização de recursos de áudio com informações sobre as exposições, textos de paredes, descrição e divisão dos espaços expositivos, seleção de obras com informações de legenda e descrição de pinturas, esculturas, fotografias tem o objetivo de tornar acessível e prazerosa as visitas para pessoas que optaram por fazer de modo autônomo sem agendamento com educadores. Realizado para exposições específicas, o conteúdo do audioguia é disponibilizado em aparelhos de mp3 no balcão receptivo do Instituto e também em arquivos digitais acessados por meio do aplicativo do Instituto Tomie Ohtake.
serviço
A participação em todas as atividades é gratuita mediante inscrição prévia
Inscrições e mais informações: participacao@institutotomieohtake.org.br ou (11) 2245-1900.